Na última terça, o D+ esteve onde muita gente gostaria: frente a frente com o NX Zero. Na verdade, com Di, Dani e Fi. O trânsito de São Paulo não permitiu que Gee e Caco chegassem a tempo para a entrevista, a primeira de 15 marcadas para aquele dia. O bate-papo rolou na Universal Music, no Paraíso.
Dani tomava remédio para gripe, quando Di entrou na sala. Tinha chegado do Rio onde estava com a namorada, a atriz Mariana Rios. Antes, mandou twitts para informar aos fãs o que estava fazendo. "Viciei nisso", diz. Fi chegou minutos depois da primeira pergunta sobre como definem Sete Chaves? Quer saber a resposta? Confira a entrevista.
D+: Como definem Sete Chaves (o quarto CD da banda, com 14 faixas)? DANI: Depois de três meses de preparação, a expectativa era absurda para o lançamento. Foi tudo programado.
DI: Quisemos nos reiventar e isso foi natural. Fizemos tudo muito unidos. Cada instrumento tem personalidade (com direito a solo de guitarra). É barulheira, rock''n''roll. O trabalho está maduro, mais agressivo, com liberdade musical. Quando assinamos contrato, tínhamos 18 anos. Aprendemos, inclusive, a não expor a vida pessoal.
D+: Por que um cadeado com engrenagens para ilustrar a capa?
DANI: Porque queríamos passar a ideia de segredo. O objetivo é que se desvende cada música, aos poucos.
DI: As engrenagens são uma homenagem para os fãs e para a galera que trabalha com a gente. São eles que movem as engrenagens do NX Zero.
D+: O que a canção de trabalho Espero a Minha Vez (faixa três) quer transmitir?
DI: Fala de coisas que passamos durante os oito anos de banda. Foi uma batalha chegar até aqui e é uma batalha maior para nos manter. Seguimos nosso sonho, apesar de algumas pessoas terem dito que não ia dar certo.
D+: O que é Insubstituível (faixa 4)?
DI: A NX Zero, que é mais do que uma banda. Fazemos tudo juntos. O que a gente é a gente toca. Não somos diferentes dali de cima do palco.
D+: Já tiveram de Zerar e Recomeçar (faixa 6) alguma coisa na vida?
FI: Muitas, sempre. Cada CD é um recomeço. É preciso parar e pensar antes.
D+: É complicado trabalhar sob pressão para ter sempre novos projetos?
DANI: A pressão estimula a ter ideias e a pensar em coisas legais.
DI: Confidencial (faixa 8), por exemplo, não saía de jeito nenhum. Daí conversei com o Dani e terminamos juntos.
D+: O público mudou nesse tempo?
FI: Hoje tem todo tipo de gente nos shows (cerca de 200 por ano!). São mais adolescentes, mas também tem adulto que curte nosso som. A turnê do novo CD começa em 2010 (nesse meio tempo, eles continuam se apresentando em empresas e rádios).
DANI: Para os mais novos, somos uma banda já madura, com anos de estrada. É engraçada essa sensação.
D+: Qual a música favorita de cada um? Quais acham que vão bombar?
DANI: Estou na fase de Insubstituível, só consigo ouvir essa.
FI: Sem Saída, a que fecha o CD. É para aquele sabadão ensolarado, tranquilo.
DI: Fico com Zerar e Recomeçar. Também aposto em Espero a Minha Vez (que já é uma das mais tocadas nas rádios), Insubstituível e Mais Além (faixa 6). Só Rezo (faixa 2) é especial porque é sobre um tema que até então não tínhamos falado, mas que a molecada precisa saber: a realidade das favelas. Visitamos duas no Rio. Isso me inspirou e escrevi imediatamente.
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